eu sei que tens medo da felicidade e que, provavelmente, é isso que te faz afastar todos aqueles que vêm com a intenção de permanecer junto a ti durante um período de tempo indeterminado. eu sei o quão confortável é viver com a ideia que a nossa personalidade complicada e neurótica atraí um grupo elevado de pessoas interessantes para junto de nós. e tenho a certeza absoluta que, tal como eu, vives muitas vezes perdido em pensamentos que mais ninguém entende. mas sabes, isso não te dá o direito de destruir o bom que te rodeia e que demorou algum tempo a construir. não podes simplesmente chegar e desmentir o amor, questionar a confiança e ler-me os pensamentos. o amor é mais que isso, mais que andar de mãos dadas na rua, oferecer flores ocasionalmente, e pronunciar uns quantos "amo-te's". há que ser um pouco mais pessoal que isso, há que compreender que o amor são as pequenas coisas, os pequenos gestos, as pequenas rotinas, há que perceber de uma vez por todas, que o amor é algo que apenas existe entre duas pessoas e que o exterior numa relação estável é apenas uma trivialidade como qualquer outra. por isso, suplico-te, pára de tentar destruir o meu amor, de me fazer questionar problemas que tu constróis na minha cabeça sem eu dar conta, de dizer que para pessoas como eu e tu aquilo que eu tenho não chega. porque tu rapaz, tu não sabes nem conheces nada para além do mundo egoísta que constróis em torno das tuas necessidades e confortos, tu não sabes o que é amar alguém que nos ama e que nos faz feliz todos os dias através de palavras, da estabilidade, da confiança, do conforto de um abraço no momento de dizer um até já e do poder inexplicável da presença do nosso amor quando o mundo parece estar a desabar. (...) e não digas que te arruinei a vida e te deixei cicatrizes incuráveis, porque tu é que me morreste na vida, tu é que não cumpriste, tu é que me mandaste embora.
(desculpa al, não resisti. *)
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